quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Dilma sem medo da faixa presidencial


Gabriel Caprioli e Tiago Pariz

A presidente eleita Dilma Rousseff (PT) quer conduzir o período de transição nos próximos dois meses com a faixa de presidente no peito. Bastante à vontade, bem humorada e disposta a responder a qualquer pergunta, a petista deixou claro, ao lado do mentor Luiz Inácio Lula da Silva, a pauta que pretende ver o Congresso debruçado.

Dilma deixou no ar a possibilidade da criação de um tributo para financiar a saúde - papel que já foi da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), conhecida como o imposto sobre os cheques. Não só quer ver aprovado o marco regalório do pré-sal, como garantir um salário mínimo superior a R$ 600 em 2012, reajustar o valor mensal do Bolsa Família e expandir o número de beneficiados.


Ao lado de Lula, Dilma concedeu a primeira entrevista coletiva depois da eleição e antes de descansar por quatro dias numa praia do Nordeste: bom humor e acenos aos parlamentares Foto: Edilson Rodrigues/CB/D.A Press

A petista garantiu que não enviará nenhuma proposta de retorno da CPMF. Na verdade, nem precisa. Tramita no Congresso uma emenda constitucional que recria o tributo com o nome de Contribuição Social para a Saúde (CSS). Dilma prometeu não fazer nada sem antes garantir um grande acerto com os governadores eleitos. "Não pretendo encaminhar nada ao Congresso, mas o país será resultado desses acordos. O que quero dizer é que não há uma necessidade premente da União (em aumentar a arrecadação via novos impostos). Mas nos estados, há esse processo", afirmou.

Lula não escondeu a alegria de estar ao lado da pupila. Usando um tom despojado, tratou o financiamento da saúde como prioritário. Praticamente disse ser urgente encontrar uma maneira para elevar as receitas. "Alguma coisa tem que ser feita se a gente quiser levar tratamento de alta complexidade para todos. Todos os políticos têm plano de saúde. Todo jornalista tem plano médico. Todos os deputados e senadores têm. Portanto, eles, quando entram num hospital, fazem quinhentos exames naquelas máquinas sofisticadas. Se a gente quiser levar isso para a sociedade, vamos ter que ter mais recursos", exemplificou.

Dilma escolheu o Palácio do Planalto como local de sua primeira entrevista coletiva. Acabou abordando assuntos diversos: indicação de ministros, relação do PT com o PMDB, MST, trem bala, política externa, obras no Nordeste e governo de transição. Bastante aliviada em relação ao perfil da última semana antes da eleição, encampou pela metade uma proposta de seu adversário José Serra (PSDB) para o salário mínimo. "Nós vamos ter um salário mínimo, no horizonte de 2014, bem acima de setecentos e poucos reais. Se não tiver nenhuma alteração, já no início de 2012 ele estaria acima de R$ 600", afirmou Dilma. Serra havia proposto esse valor para o ano que vem.

Sombra - A presidente eleita deixou o Planalto direto para um retiro de quatro dias em uma praia nordestina. Enquanto descansa, os parlamentares aliados quebrarão a cabeça para tirar do papel essa pauta de intenções. O líder do governo na Câmara, Cândido Vaccarezza, diz que os dias escassos de votação impedirão a análise de propostas mais sensíveis, como o tributo destinado ao financiamento da saúde. Até o fim do ano, são 11 dias de votação,trancados por 12 medidas provisórias. "Com Orçamento e pré-sal, não conseguiremos apreciar mais nada", reconheceu o petista.

Essas propostas não são polêmicas apenas no Congresso. Para analistas, as declarações podem ser compreendidas como uma sinalização do estrangulamento das contas públicas. Uma vez que não consegue frear o comprometimento com a elevação dos gastos e deve contar com um crescimento econômico menor em 2011, o governo já estaria criando um clima propício para expandir as fontes de receita.
 
Fonte: Diário de Pernambuco

OAB aciona xenófoba no Ministério Público

Aluna do curso de direito utilizou o Twitter para difundir o preconceito contra os nordestinos


O preconceito contra os nordestinos expresso por meio do Twitter na última segunda-feira motivou ação da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional de Pernambuco (OAB-PE). Hoje, a entidade protocola, no Ministério Público Federal de São Paulo (MPF-SP), notícia-crime contra Mayara Petruso, a estudante de direito daquele estado. Ela é apontada como autora da frase xenófoba que desencadeou uma avalanche de posts agressivos no microblog contra os nascidos na região. De acordo com informações da assessoria da OAB, a expectativa é que o MPF-SP analise as provas e decida se é cabível a ação penal contra a universitária.

Na declaração escrita no Twitter a estudante afirmou: "nordestino não é gente, faça um favor a São Paulo, mate um nordestino afogado". A frase foi 'inspirada' no suposto poder de decisão dos nordestinos no resultado do segundo turno da eleição presidencial. Em outras palavras, a vitória de Dilma Rousseff (PT) só teria ocorrido por conta dos votos recebidos por ela entre o Maranhão e Bahia. No entanto,a totalização do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), indica que a petista venceria mesmo que fossem considerados apenas os votos das regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Norte. No cenário em que os votos do Nordeste não são contabilizados, Dilma ficaria com 1,3 milhão de votos a mais que Serra. Até mesmo se fossem computados apenas votos do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, ela sairia vencedora, com cerca de 300 mil votos à frente.

Segundo o presidente da OAB-PE, Henrique Mariano, ao fazer tal declaração a estudante de direito praticou os crimes de racismo e de incitação pública à pratica delituosa. "O crime de racismo é um crime cuja penalidade é muito severa. É imprescritível e inafiançável. Ela poderá ser condenada a uma pena de dois a cinco anos de reclusão. Já o crime de incitação pública à prática de ato delituoso é mais brando. Ele prevê detenção de três a seis meses ou multa".

Ainda de acordo com Mariano, o que mais preocupa é o fato de o ocorrido não ser um ato isolado ou incomum. "Eu fico preocupado porque isso é recorrente. Agora, acredito que isso representa a movimentação de uma parcela pequena da população", ressalta. Para ele, essas ações têm por objetivo caluniar e difamar as pessoas que moram no Nordeste. "Isso não pode crescer. É o momento de as instituições reagirem, de efetivamente mostrarem que quem fizer será punido. A verdade é que as pessoas praticam esses atos delituosos na certeza de que não serão punidas".

Há cinco meses, o site de relacionamento Orkut também foi instrumento para atitude do gênero. Uma das comunidades da rede social veiculou mensagens preconceituosas contra as vítimas das enchentes registradas em Pernambuco e Alagoas, entre junho e julho deste ano. Na ocasião, a OAB-PE se mobilizou para acionar o MPF, mas, diante de ações já encaminhadas ao órgão motivadas pelo mesmo assunto, a entidade considerou a denúncia desnecessária.

O questionamento sobre o fato de Mayara ter sido ou não a primeira a se manifestar contra os nordestinos é irrelevante, segundo o presidente da OAB-PE. "Estamos partindo desse pressuposto, que a declaração dela foi que motivou todas aquelas declarações horríveis que foram postadas. Agora, se ao longo da instrução do processo, identificarmos que as outras pessoas, isso não impede movamos notícia-crime também contra os outros participantes. Não vou perder tempo tentando identificar todos. Isso pode levar muito tempo. Ela já está devidamente identificada e, independentemente se ela foi a primeira ou a segunda a postar, isso, ao meu ver, é irrelevante. O fato é que ela postou essa declaração", afirmou.
 
Fonte: Diário de Pernambuco

Rands está entre nomes cotados

Sucessão // Quatro deputados do PT concorrem à Presidência da Câmara


A disputa política deve aumentar nos próximos dias após o acordo fechado, ontem, entre o PT e o PMDB, partidos que vão disputar respectivamente o comando da Câmara dos Deputados e do Senado. Nesse cenário, pelo menos um nome de Pernambuco começou a ser ventilado para concorrer à sucessão do deputado federal Michel Temer (PMDB-SP), eleito vice-presidente da República no domingo passado. Ex-líder do PT na Casa e ex-presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), o deputado federal Maurício Rands (PT) entrou na roda de especulações e corre por fora na disputa que já tem três nomes petistas colocados: Cândido Vaccarezza (PT-SP), Marco Maia (PT-RS) e Arlindo Chinaglia (PT-SP).

Líder do PT na Câmara, Fernando Ferro disse que não foi procurado por Rands - seu conterrâneo -, para tratar do assunto. Mas ele admitiu que é muito cedo e que os nomes da legenda ainda estão sendo colocados. A eleição da Câmara acontece em fevereiro de 2011, após a posse dos novos deputados. "Até agora, só fui procurado oficialmente por Vaccarezza e por Marco Maia. Mas nós vamos abrir um debate sobre qual nome tem mais requisitos. O primeiro passo é convencer a bancada do PT para depois convencer a Câmara", declarou Ferro.

Rands falou com o Diario por telefone e frisou não ter se colocado para a disputa. Mas ele não deixou de vender o próprio peixe. "Algumas pessoas têm me colocado por conta do meu trânsito e do bom diálogo com a oposição, mas não estou me apresentando como candidato", declarou. "Evidentemente, o novo presidente deve estar sintonizado com a presidenta eleita (Dilma Rousseff (PT)", acrescentou o pernambucano.

Segundo um parlamentar governista eleito, que pediu reserva, o nome de Rands é bem cotado por ter trânsito em todos os partidos da base e da oposição. Ele é um dos parlamentares com maior prestígio entre os jornalistas de Brasília (DF), de acordo com pesquisa do Congresso Em Foco, e um dos petistas com prestígio em ascensão. Rands teve atuação de destaque na CPI dos Correios, em defesa do governo Lula, e na condição de líder do PT entre 12 de fevereiro de 2008 e 3 de fevereiro de 2009.
 
Fonte: Diário de Pernambuco

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Vida do jovem Renato Russo será retratada no cinema

02/11/2010 Da redação UOL
 
Depois de O Garoto de Liverpool, que retrata a adolescência de John Lennon, a cidade de Brasília vai ganhar uma produção equivalente. Segundo o site Pipoca Moderna, a vida do jovem Renato Russo será retratada no filme Somos Tão Jovens.

No papel da versão teen de Renato Russo estará o ator Thiago Mendonça (que fez o papel de Luciano em 2 Filhos de Francisco). A direção é de Antonio Carlos de Fontoura, que fez Gatão de Meia Idade.

Segundo o Pipoca Moderna, o filho de Renato Russo, Giuliano, também contribuirá para a produção. Com 21 anos, Giuliano é produtor musical e responsável por escolher as bandas que aparecerão no filme. Os ex-parceiros de Renato, o guitarrista Dado Villa-Lobos e o baterista Marcelo Bonfá, farão o papel de seus próprios pais no longa.

O filme mostrará também outras bandas da cena de Brasília da época, como Paralamas do Sucesso e Capital Inicial. As filmagens devem começar entre abril e maio de 2011.

Dilma viaja na quarta-feira e nesta tarde recebe assessores

Dilma viaja na quarta-feira e nesta tarde recebe assessores
REUTERS

BRASÍLIA (Reuters) - A presidente eleita Dilma Rousseff viaja na quarta-feira para tirar alguns dias de descanso, informou sua assessoria de imprensa.
É possível que Dilma passe o período em Porto Alegre, ao lado da filha Paula e do neto Gabriel, mas o destino não foi confirmado pela assessoria. Ela mesma chegou a dizer na segunda-feira que seu destino é "segredo de Estado".
Ainda nesta terça-feira Dilma recebe a equipe de assessores que a acompanha desde a eleição, integrada pelo ex-ministro e deputado Antonio Palocci (PT-SP), pelo deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP) e pelo presidente do PT, José Eduardo Dutra.
Dilma também completa nesta noite a série de entrevistas a emissoras de TV com aparições no SBT e na Bandeirantes. Na segunda, ela deu entrevistas à Record, Globo e RedeTV!. Dilma optou por essas mídias e não concedeu ainda uma entrevista coletiva a toda a imprensa.
Quanto aos integrantes do governo de transição, serão anunciados após a proclamação da vitória de Dilma, nos próximos dias. Devem fazer parte da equipe de transição Palocci, Dutra, Cardozo e o ex-prefeito de Belo Horizonte e candidato derrotado ao Senado de Minas Gerais Fernando Pimentel.
A presidente eleita irá acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Seul, na Coreia do Sul, onde ocorre reunião do G20 e onde ele vai apresentá-la à comunidade internacional. A reunião será entre 11 e 12 de novembro.

Fonte: Reuters, reuters.com

Cardozo confirma que integrará equipe de transição de Dilma


BRASÍLIA, 2 de novembro (Reuters) - O deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP), um dos principais integrantes da campanha da presidente eleita Dilma Rousseff, confirmou nesta terça-feira que vai integrar a equipe de transição de governo.
"Acredito que sim", foi sua reação ao ser perguntado por jornalistas sobre sua participação na equipe, após chegar à residência de Dilma em Brasília.
Os demais integrantes da equipe devem ser o ex-ministro e deputado Antonio Palocci (PT-SP), o presidente do PT, José Eduardo Dutra, além do ex-prefeito de Belo Horizonte Fernando Pimentel.
O anúncio será feito após a proclamação do resultado da eleição de domingo.

Fonte: Reuters, reuters.com

Vendas de veículos novos é recorde


Brasil deve ultrapassar Alemanha e se tornar 4° maior mercado em vendas
  
SÃO PAULO (Folhapress) - As vendas de veículos novos no País apresentaram expansão de 8% no acumulado dos dez primeiros meses deste ano, no confronto com o mesmo intervalo em 2009, batendo o recorde para o período com o emplacamento de 2,805 milhões de unidades, de acordo com os dados divulgados pela Fenabrave (federação das concessionárias) ontem. A maior marca até então havia sido contabilizada no ano anterior (2,597 milhões). Considerando apenas outubro, 303,4 mil automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões foram licenciados, atingindo também um novo patamar para o mês, mesmo com a redução de 1,2% ante setembro. No comparativo com igual período no ano passado, houve acréscimo de 3,1%.
“O resultado dos primeiros dez meses do ano mostra a tendência de crescimento do setor. Já a ligeira queda de setembro para outubro foi motivada pela menor quantidade de dias úteis - outubro teve apenas 20”, afirmou o presidente da Fenabrave, Sergio Reze.
O Brasil deve ultrapassar a Alemanha neste ano, tornando-se o quarto maior mercado em vendas no mundo. Para as montadoras instaladas no País, o câmbio ainda é um dos principais entraves para o crescimento das exportações, o que elevaria a produção local - o Brasil ocupa apenas a sexta posição no ranking global. Em quantidade, as vendas para o exterior já retomaram o nível pré-crise, mas não em valor, devido à maior participação dos veículos desmontados - que têm me­nor valor agregado - nessa equação.
No Salão Internacional do Automóvel, que vai até domingo, em São Paulo, o presidente da GM na América do Sul, Jaime Ardila, ressaltou que a valorização do Real é mais um problema para a indústria do que para as marcas, já que essas podem importar veículos de outras fábricas dependendo da conjuntura de mercado. “Mas nos­sa preferência é produzir aqui. Nossa preocupação é com uma desindustrialização do País, que pode acontecer se a valorização do Real continuar no ritmo atual”, disse o executivo.
Cerca de 65% dos veículos que entram no País são trazidos pelas próprias montadoras, principalmente da Argentina e do México, com isenção do Imposto de Importação devido a acordos comerciais. Para o presidente da Fiat na América Latina e também da Anfavea (associação das montadoras), Cledorvino Belini, ainda assim o aumento dos importados é preocupante.

Fonte: Folha de PE

Futuro // O que virá depois de Lula


Vandeck SantiagoFonte: Diário de Pernambuco

Não chamem o professor Mangabeira Unger de "otimista" que ele corrige de imediato: "Otimista, não! Eu sou esperançoso". No raciocínio dele "otimismo" é atitude contemplativa, coisa de sonhador; já o "esperançoso" sinaliza para a ação - e apesar de ser costumeiramente definido como "sonhador", ele é um pensador obcecado pela ação. O tema da esperança de Mangabeira Unger agora é o Nordeste. Ele está esperançoso que a presidente eleita Dilma Rousseff avance mais do que Lula em relação à região. Isso porque ela vai começar já de um patamar confortável deixado pelo presidente Lula - obras, investimentos e inserção da região na agenda nacional. Mas para aproveitar esta oportunidade o Nordeste deve ter uma postura mais afirmativa e seus parlamentares precisam deixar de lutar por bandeiras pequenas no Congresso e abraçar a causa do desenvolvimento da região como projeto nacional. Há todas as condições para que, nesse novo governo, o Nordeste seja a vanguarda de um projeto desenvolvimentista para o Brasil, entende ele. Um otimista diria que este é um pensamento idealista; mas um esperançoso como o professor Mangabeira está convicto de que isso é possível. Professor de Harvard desde 1970, foi ministro de Assuntos Estratégicos de outubro de 2007 a junho de 2009, quando retornou à universidade norte-americana. Elaborou o estudo "O desenvolvimento do Nordeste como projeto nacional", fruto de encontros com autoridades e comunidades da região e que foi aprovado com entusiasmo por Dilma quando ela ainda era ministra. Retornou ao Brasil na reta final da eleição. Nessa entrevista, ele diz porque está "esperançoso" com o Nordeste no novo governo.



Análise // Com todas as condições para um bom governo




Com mais de 55 milhões de votos, Dilma Rousseff venceu o adversário José Serra (PSDB), garantiu o terceiro mandato presidencial consecutivo para o PT e tornou-se a primeira mulher a chegar à Presidência no Brasil. Terá maioria folgada na Câmara e no Senado e dos novos 27 governadores do país, 16 são seus aliados. Nos dois turnos a agora presidenta eleita teve no Nordeste sua melhor votação: 62% no primeiro (única região onde passou dos 50%) e 66% no segundo. Neste segundo turno ela venceu em três regiões (Sudeste, Nordeste e Norte) e perdeu em duas (Sul e Centro-Oeste).

Foi eleita principalmente pelo apoio do presidente Lula, que tem 83% de aprovação. Mas ao longo de toda a campanha mostrou-se uma candidata capaz de enfrentar o principal nome do PSDB, José Serra, que já disputara uma eleição presidencial (em 2002) e vinha de vitórias seguidas em São Paulo - primeiro para prefeito da capital e depois para governador.

Dilma Rousseff deve continuar dando ao Nordeste o mesmo tratamento preferencial que a região teve no governo Lula. Primeira mulher a eleger-se presidente do Brasil, ela terá maioria na Câmara e no Senado e o apoio de 16 dos 27 governadores. Primeiro desafio que terá pela frente será a composição do ministério - com a ampla aliança que lhe dá sustentação, será praticamente impossível contentar a todos. Mas o conhecimento que tem da máquina deve facilitar o seu trabalho. Foto:Helder Tavares/DP/D.A Press


Uma sequência de crises no governo acabou levando Dilma à condição de candidata. O nome maiscotado no PT, no primeiro mandato de Lula, era o do ministro da Casa Civil, José Dirceu, que caiu no escândalo do Mensalão, em 2005. Dilma, que era ministra das Minas e Energia, o substituiu e começou aí sua escalada. À frente dela, na "fila" de presidenciáveis petistas, ainda havia outro nome: o de Antonio Palloci, ministro da Fazenda. Mas este também caiu, em março de 2006, após a crise da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo Costa. A partir daí teve início a consolidação do nome de Dilma como a candidata à sucessão. Em março de 2008, durante ato no Rio de Janeiro, o presidente Lula a nominou como "a mãe do PAC" (Programa de Aceleração do Crescimento). Era o ponto de partida da caminhada que chegou ontem ao seu ponto final: a eleição para presidente. Agora, o principal desafio que terá pela frente nos primeiros momentos será o de provar que não é apenas uma "sombra" de Lula.

Em relação ao Nordeste o indicativo é que a região continue a ter em seu governo o mesmo tratamento diferenciado que teveno governo Lula. Muitas das obras que estão em andamento fazem parte do PAC, que ela comandou. Além disso, desde 2002 a região tem-se caracterizado como retaguarda social e política de Lula e do PT. Detentora de 27% do eleitorado nacional, a região tem um peso político que deve continuar sendo valorizado pela nova presidente.

Na composição do ministério ela deve enfrentar pressão de políticos da região para a nomeação de aliados. Os governadores dos três principais estados nordestinos, Eduardo Campos (PE), Jacques Wagner (BA) e Cid Gomes (CE), já externaram o desejo de ter nomes dos seus estados no novo ministério. Sob a análise da geografia política, Dilma - que nasceu em Minas Gerais e construiu sua carreira no Rio Grande do Sul - será também uma presidenta que não tem base em São Paulo, o maior estado da nação e onde o PSDB está no governo há 16 anos.

Ela chega à Presidência com a vantagem de ter estado no governo nos últimos oito anos. Tem um conhecimento da máquina federal que lhe poupará da dificuldadepela qual passam os governantes recém-chegados - a de precisar primeiro familiarizar-se com a estrutura do governo. Dilma já é governo, e continuará governo. A vantagem obtida no Senado (onde terá 59 dos 81 senadores) e na Câmara (372 dos 581 deputados) pode facilitar a realização de reformas, mas ainda há que esperar para ver como se comportará a base governista. De todo modo, eleita com 55 milhões de votos e contando com a ampla aliança que apoia o governo, Dilma Rousseff assumirá a Presidência com todas as condições para dar certo.

Fonte: Diário de Pernambuco

Custo da eleição



 
O custo das eleições brasileiras – primeiro e segundo turno – foi estimado em R$ 490 milhões pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo o ministro Ricardo Lewandowski, presidente do TSE. O orçamento total para a organização do pleito era de R$ 549 milhões. “No segundo turno, houve um acréscimo de R$ 10,3 milhões que foram pagos com suplementações orçamentárias em 10 Estados”, disse. Segundo ele, o gasto previsto inicialmente era de R$ 40 milhões, apenas com alimentação de mesários – R$ 20 por mesário. Todos estes valores estão dentro dos R$ 490 milhões. “Isso significa que esta eleição custou R$ 3,60 por eleitor. É um custo relativamente barato para termos uma democracia funcionando e com esse grau de eficiência no nosso País”, avaliou. Para Lewandowski, o TSE chegou ao segundo turno com “índice elevado” de julgamentos sobre registro de candidaturas. “Dos 1,926 mil, já julgamos 85%”, calculou. Quanto aos casos relativos à Lei de ficha limpa foram julgados 2/3 dos recursos, que têm um grau de dificuldade um pouco maior, segundo ele.
 
Fonte: Jornal do Commercio

Qualificação é maior gargalo

Qualificação é maior gargaloPublicado em 02.11.2010
 
Apesar do crescimento nordestino acima da média nacional e da expansão frenética do PIB pernambucano, os empresários locais pontuam educação e qualificação da mão de obra como um dos grandes gargalos ao desenvolvimento sustentável do Estado. “Os próximos anos podem ser fantásticos para Pernambuco, mas, daqui para frente, capacitar a mão de obra será essencial em todas as ações”, comenta o presidente da Refinaria Abreu e Lima, Marcelino Guedes. Para o presidente da Coca-Cola Guararapes, Luis Delfim, a redução dos alfabetos funcionais e uma política baseada na educação são de extrema relevância na continuidade dos projetos sociais do governo.
“É, na verdade, fazer com que os beneficiados do Bolsa Família saiam da política do assistencialismo, ingressem no mercado de trabalho através da capacitação ou do empreendedorismo e também participem da nova realidade econômica pernambucana”, opina Delfim.
Mesma opinião tem o presidente da Pamesa, Marcos Ramos, para quem o grande desafio do governo Dilma é na verdade bastante antigo: educar o povo. Grande parte dos candidatos do Estado tem capacidade apenas para atender às demandas de nível médio. Para se ter ideia, entre 2007 e 2009, o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) em Pernambuco realizou 21 mil capacitações de nível básico contra apenas 1.600 habilitações técnicas.
A falta de capacitação para cargos de maior exigência tem inclusive obrigado empresários a contratarem estrangeiros e trazerem de volta os brasileiros que estavam no exterior, como os decasséguis que hoje trabalham em Suape. 

Fonte:Jornal do Commercio

» EXÉRCITO DOS EUA - Corte estende proibição de gays

» EXÉRCITO DOS EUA
Corte estende proibição de gays
Publicado em 02.11.2010

 
Um tribunal de apelações dos EUA ampliou por tempo indeterminado a vigência de uma proibição à presença de homossexuais assumidos no Exército americano. A Corte de Apelações do 9º Circuito, em São Francisco, congelou ontem a ordem de uma juíza que derrubou a aplicação da lei “não pergunte, não diga”. Pela decisão, americanos que revelarem homossexualidade não poderão se alistar e os gays assumidos poderão ser dispensados das Forças Armadas. O congelamento põe pressão sobre a Casa Branca para derrubar a lei
 
Fonte: Jornal do Commercio

Massacre de cristãos em igreja católica de Bagdá

» IRAQUE
Massacre de cristãos em igreja católica de Bagdá
Publicado em 02.11.2010

 
BAGDÁ – Uma operação de resgate de 120 cristãos feitos reféns por extremistas ligados à Al-Qaeda em uma igreja católica em Bagdá, domingo, deixou 58 mortos e 78 feridos, a maioria mulheres e crianças. Autoridades suspeitam que a maior parte dos reféns foi morta depois que forças especiais iraquianas e americanas decidiram invadir a Igreja Nossa Senhora da Salvação. Porém, há relatos de que vítimas já estavam sendo baleadas antes. Dos 58 mortos, dois eram padres, 39 fiéis e 12 policiais. Outras cinco pessoas morreram ao passar na frente da igreja, atingidas por uma explosão.
O premiê iraquiano Nouri al-Maliki afirmou que o ataque foi uma tentativa de extremistas muçulmanos de expulsar a minoria católica do país. Foi o maior ataque realizado contra a minoria cristã desde a invasão americana em 2003. Ontem, o papa Bento XVI condenou o atentado e pediu a paz no Oriente Médio. “Rezo pelas vítimas dessa violência sem sentido.”
A ação começou no início da noite de domingo, quando um carro-bomba explodiu perto da Bolsa de Valores de Bagdá, próxima à igreja. Entre cinco e oito insurgentes usando coletes com explosivos, granadas e armas de fogo feriram dois seguranças e em seguida invadiram a igreja. Por telefone, exigiram das autoridades a libertação de integrantes da Al-Qaeda.
A igreja foi cercada pela polícia, que negociou por quatro horas, até que forças especiais do Iraque e dos EUA decidiram pela invasão, alegando ter ouvido disparos. Os extremistas teriam então detonado explosivos e atirado. Um dos insurgentes teria fuzilado 30 reféns no porão da igreja. 

Fonte: Jornal do Commercio

Eleição para tirar o sono de Obama

» ESTADOS UNIDOS
Eleição para tirar o sono de Obama
Publicado em 02.11.2010

Com favoritismo dos republicanos para alcançar a maioria na Câmara dos Representantes, o pleito de hoje será determinante para definir a cara do restante do governo e servirá de termômetro para 2012

WASHINGTON – Como o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, despertará amanhã de manhã somente os travesseiros da Casa Branca e a primeira-dama Michelle Obama irão saber. A qualidade de seu sono será decidida hoje nas urnas e na madrugada da contagem dos votos que definirá a nova composição do Congresso americano e de 37 governos estaduais. Segundo as pesquisas de opinião, o cenário mais provável aponta para a perda da maioria do Partido Democrata na Câmara de Representantes e a manutenção de uma escassa vantagem do governo no Senado.
Confirmadas as previsões da sondagem Reuters/Ipsos divulgada ontem, os republicanos, atualmente de posse de 178 cadeiras na Câmara, deverão impor uma severa derrota à Casa Branca, conquistando 231 do total das 435 vagas em jogo. Além da Câmara, a eleição envolve a escolha de 37 das cem vagas no Senado.
Ontem, em entrevista à rádio WDAS-FM, da Filadélfia, Obama afirmou que os EUA se arriscam a enfrentar uma situação econômica “muito, muito difícil” no caso de vitória dos republicanos. “Poderemos enfrentar uma situação muito, mas muito difícil”, advertiu Obama, prevendo que o pleito terá “consequências durante as décadas futuras”.
“Vamos precisar de uma boa participação” a favor dos candidatos democratas porque “se os outros (republicanos) forem adiante, poderemos ter problemas para fazer este país progredir”, advertiu.
A provável nova paisagem eleitoral restringiria o campo de ações do governo e permitiria ao Partido Republicano controlar a agenda política do país. Para o analista político Michael Barone, o presidente terá que escolher o grau de transigência e de confronto a ser utilizado nas negociações políticas com a oposição. Ele prevê tentativas republicanas de rejeição da reforma da saúde já aprovada, mas vê os maiores desacordos em torno dos temas orçamentários.
Com a provável perda da maioria parlamentar, Obama deverá se concentrar em temas de política externa, uma vez que, para as questões domésticas, ficará submetido aos ditames da oposição. “É o que os presidentes nessa situação normalmente fazem”, arrisca o analista.
Barone acredita que as chances de Obama nas eleições presidenciais de 2012 ainda são bastante incertas e dependerão, em grande parte, de quem será seu principal opositor. Atualmente, a ex-governadora do Alasca Sarah Palin está em alta, devido ao ganho de popularidade obtido pelo grupo ultraconservador Tea Party, liderado por ela.
Para Stephen Wayne, especialista em política americana da Universidade Georgetown, Obama será obrigado a se reconciliar com os republicanos para levar adiante o governo. 

Fonte: Jornal do Commercio
Embate regionalista domina o TwitterPublicado em 02.11.2010
RIO – No primeiro dia após a eleição de Dilma Rousseff (PT) para a Presidência do Brasil, um embate regionalista tomou conta do Twitter. Milhares de usuários brasileiros trocaram provocações após a usuária Mayara Petruso (@mayarapetruso), insatisfeita com a eleição de Dilma, postar uma mensagem raivosa contra os nordestinos, ainda na madrugada: “Nordestisto (sic) não é gente. Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!”O assunto rapidamente repercutiu na rede e tomou conta das conversas pelo microblog desde a madrugada. Por volta do meio-dia, o termo “nordestisto”, como a estudante de Direito se referiu aos nordestinos, era o terceiro termo na lista dos Trending Topics no Brasil (os termos mais usados pelos usuários), antecedido por #orgulhodesernordestino. Também na lista, “norte/nordeste” e “sul/sudeste”.
O comentário foi logo repassado pelos seguidores de Mayara. Em poucos minutos, dezenas de usuários responderam em suas contas e entraram na polêmica, dando início a uma onda de postagens, tanto favoráveis quanto contrários à posição de Mayara, como pode ser visto abaixo.
De @roberto_william: “Sulistas que acusam nordestinos de ‘eleger’ Dilma foram os mesmos que elegeram Tiririca (nordestino também)”. De @Evevys: “Acho engraçado, o Sudeste elege Romário, Bebeto e Tiririca. Agora critica o Nordeste por votar em Dilma. #Hipocrisia”. De @felipecbotelho: “Realmente é uma miséria ser nordestino: ter que ir à praia no feriado num ótimo clima, beber água de coco, respirar um ar puro”.
Muitos, no entanto, refutaram a divisão regionalista e escreveram mensagens contra as provocações. De @LucasBapt: “Que palhaçada esse negócio de Norte/Nordeste versus Sul/Sudeste. Somos todos brasileiros, e Dilma foi eleita por todas as regiões”.
De @dudu_braga: “Ai ai, em época de Copa do Mundo e Carnaval todo mundo é brasileiro, depois da eleição é #nordestisto Norte/Nordeste x Sul/Sudeste”.
De @gerivaldo: “Para registrar minha indignação com a intolerância, tenho #orgulhodesernordestino”. De @maguimaraes_ : “É por causa dessas brigas Norte/Nordeste X Sul/Sudeste que o Brasil não vai pra frente. Ignorância predomina o país. #Orgulhodesernordestino”. O perfil original de Mayara foi deletado, mas internautas já trataram de criar uma conta falsa (@nordestisto), que posta sátiras e críticas às declarações dela.

Fonte: Jornal do Commercio

ENTREVISTA » EDUARDO CAMPOS “Batemos a meta. Agora é trabalhar”


Publicado em 02.11.2010

 
Sheila Borges sborges@jc.com.br Em função da importância da participação de Pernambuco na campanha da presidente eleita Dilma Rousseff (PT) e do crescimento nacional do PSB, o governador-reeleito Eduardo Campos (PSB), presidente do partido, foi bastante assediado pela imprensa, ontem, em Brasília, onde permaneceu – após festejar, no domingo, o sucesso governista com Lula e Dilma – para analisar os números totais da eleição. Pernambuco, segundo ele, teve um peso de 3% na votação total da diferença de 12% entre Dilma e o tucano José Serra (PSDB). Para Eduardo, aumenta agora o compromisso da petista com o Estado.

O RESULTADO
“Era esse o resultado (da eleição). Bateu com a pesquisa interna que a gente tinha. Deu ainda melhor porque a gente conseguiu que o povo fosse votar. A abstenção só subiu um pouco e o voto nulo reduziu. Além disso, a mobilização respondeu fortemente. Crescemos (a votação de Dilma) na Região Metropolitana do Recife e o interior veio bem próximo. Fizemos um comparativo por região.”
PERNAMBUCO
“Nós demos dois milhões de votos de diferença para Dilma. Pernambuco representou 3% da diferença nacional de 12% entre os dois candidatos (Dilma e Serra). No Nordeste, ficamos próximos à Bahia e ao Ceará (cada um deles com o peso de 3% em relação à diferença nacional de 12%). Mas em termos absolutos, nós ficamos em segundo, só abaixo da Bahia (Dilma teve 4,7 milhões de votos válidos na Bahia e 3,4 milhões em Pernambuco).”
A META
“Nós batemos a meta que fixamos desde o início (do segundo turno). Houve um bom aproveitamento do voto. Dilma teve (agora) sete mil votos a mais do que eu no primeiro turno porque caiu o voto nulo. Também tivemos a menor abstenção do Nordeste. E os menores índices de votos nulos e em branco.”
COMPROMISSO
“De um lado, o resultado nos dá mais responsabilidade. Do outro, mais compromisso por parte da presidente eleita. Ela viu o esforço que foi feito no Estado. Mas não sabemos quando ela vem. Agora, vai ter que cuidar da transição.”
MAIS ATENÇÃO
“Claro que houve um reforço do laço entre Dilma e o Estado (lembrando do pedido que fez para a nova presidente ainda na campanha, para que ela trate o Estado da mesma forma como o presidente Lula tem tratado ao longo dos oito anos de governo).”
EMOÇÃO
“Foi uma comemoração muito emocionante. Quando conversamos após o resultado, ela (Dilma) disse que um dos momentos mais emocionantes da campanha do segundo turno foi a carreata em Caruaru. O presidente Lula também falou que se emocionou muito na caminhada que fez no Recife, quando em plena Conde da Boa Vista e embaixo de chuva viu aquela militância e todos os líderes da Frente Popular.”
PAUTA DE 2011
“Agora é trabalhar muito. Estamos tocando as coisas. A partir do próximo ano, temos que concluir o PAC 1 e discutir o PAC 2. Também temos a Transnordestina. E dois assuntos são desafiadores – a questão da mobilidade e a da saúde.” 

Fonte: Jornal do Commercio

Vitória em todos os municípios


Publicado em 02.11.2010

 
A nova presidente do Brasil, Dilma Rousseff (PT), teve uma vitória consagradora em Pernambuco, ganhou com 3,4 milhões de votos, ou seja, 75,65% dos votos válidos (veja arte ao lado). E por uma diferença de 2,3 milhões de votos em relação ao seu adversário, o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), que obteve 1,1 milhão (24,35% dos votos válidos). Ela ficou na dianteira em todos os 184 municípios do Estado e no Arquipélago de Fernando de Noronha.A ex-ministra da Casa Civil contabilizou mais de 90% dos votos válidos em 20 cidades pernambucanas – 18 delas localizadas no Sertão e duas no Agreste. Assim como ocorreu no primeiro turno, foi Calumbi, no Sertão do Pajeú, que deu a maior votação a Dilma. No segundo turno, a petista ficou com 96,51% dos votos válidos, quase dois pontos percentuais a mais do que recebeu no turno anterior. Em seguida, veio Betânia, no Sertão do Moxotó, onde a futura presidente obteve 95,50% dos votos válidos. Itacuruba, no Sertão do São Francisco, foi a terceira cidade onde a ex-ministra foi mais bem votada. Ganhou com 94,67% dos votos válidos.
Dos 10 municípios onde o desempenho de Dilma Rousseff foi mais baixo: seis ficam no Agreste e quatro na Zona da Mata. Os índices mais baixos ficaram em torno dos 57%. Em Paudalho, na Mata Norte, a petista contabilizou 57,23% dos votos válidos. Em Santa Cruz do Capibaribe, no Agreste, a performance da ex-ministra foi um pouco melhor, ficou com 58% dos votos válidos. Em Taquaritinga do Norte, cidade próxima de Santa Cruz do Capibaribe, Dilma obteve 59,97% dos votos válidos.
No ranking da votação final, Recife ficou na posição 172º, concedendo a ex-ministra 66,35% dos votos válidos. Mesmo assim, o resultado final da petista em todas as 14 cidades da Região Metropolitana ficou em 71,8% – a média mais baixa das regiões. A mais alta foi no Sertão, com 84,9%, onde estão muitas das pessoas beneficiadas por programas do governo federal, como o Bolsa Família.
O governador reeleito Eduardo Campos (PSB) conseguiu atingir a sua meta, que era elevar a votação que Dilma registrou no primeiro turno (61,74%), já que entre os votos do socialista e os da petista a diferença era de 702.123. Ao final do segundo turno, contudo, Dilma ultrapassou, em números absolutos, a votação do chefe do Executivo estadual em sete mil votos. 

Fonte: Jornal do Commercio

Cumprimentos de chefes de Estado marcam o dia

Cumprimentos de chefes de Estado marcam o diaPublicado em 02.11.2010
 
BRASÍLIA – A presidente eleita, Dilma Rousseff, dedicou parte do dia de ontem a receber cartas e telefonemas de chefes de Estado parabenizando-a por sua vitória. Presidentes como o americano Barack Obama, o iraniano Mahmoud Ahmadinejad e o venezuelano Hugo Chávez se manifestaram, cada um com seu estilo próprio. “Obama disse que quer continuar a interação com o Brasil, citando temas sensíveis como a questão energética e a política internacional”, disse o assessor para assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia.
Obama, que teria convidado a presidente eleita a uma visita aos Estados Unidos, falou com Dilma por telefone, e Ahmadinejad enviou uma carta. O presidente do Irã falou em justiça regional e internacional, segurança e estabilidade e defendeu o fim do uso da força pelas grandes potências. Chávez relatou o encontro no Twitter: “Falei com a presidente Dilma. Encarregou-me de saudar a todo o povo venezuelano. ‘Seguiremos construindo a unidade Brasil-Venezuela’, disse”.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, também telefonou para Dilma, e lembrou a parceria entre o Brasil e seu país. Sarkozy está interessado na compra de caças de combate pela Força Aérea Brasileira. Em comunicado, o presidente francês manifestou suas “muito calorosas felicitações” pela vitória, e disse que a eleição dela era o “reconhecimento do povo brasileiro pelo considerável trabalho feito pelo presidente Lula para fazer do Brasil um país moderno e mais justo”.
O presidente de Portugal, José Sócrates, citou Chico Buarque para dizer que a vitória de Dilma teve “gosto de alecrim”, referindo-se à música “Tanto mar”. O primeiro-ministro búlgaro, Boiko Borisov, declarou estar ansioso para receber a presidente eleita na Bulgária, o país de origem do pai de Dilma.
O presidente da Fifa, o suíço Joseph Blatter, parabenizou Dilma, em carta em que disse ter certeza de que a Copa de 2014 causará um grande impacto positivo no país

Fonte: Jornal do Commercio

Nordeste foi onde Dilma teve maior vantagem

Região


Publicado em 01.11.2010

JC on line

O segundo turno das eleições presidenciais foi definido especialmente pela Região Nordeste, onde a candidata petista, Dilma Rousseff, teve 10,7 milhões de votos a mais que o tucano José Serra. Os dados foram apresentados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) hoje (1º), após concluir a apuração de todas as urnas do país.

Temer quer unir PMDB em torno do governo Dilma

Vice-presidente eleito

Publicado em 01.11.2010

O vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB), disse nesta segunda (1º) que vai tentar unir todo o PMDB em torno do governo da presidente eleita, Dilma Rousseff. Após visitar o atual vice-presidente, José Alencar, que está internado no Hospital Sírio-Libanês, na capital paulista, o peemedebista, que é também presidente nacional da sigla, afirmou que a maior parte dos deputados federais e senadores eleitos pelo PMDB está ao lado de Dilma e disse que, passado o período eleitoral, a sigla vai trabalhar para eliminar arestas regionais e reunir os seus integrantes em apoio ao próximo governo. "O PMDB está unido. Hoje, temos uma unidade que chega a 92% e o objetivo é tentar alcançar os 100%."

Temer disse que a tentativa de unir o PMDB em torno de Dilma vai incluir o diretório paulista, liderado pelo ex-governador Orestes Quércia, que apoiou José Serra (PSDB) nessas eleições presidenciais. "Seguramente, daqui a pouco", disse o peemedebista, sem dar mais detalhes sobre como isso será feito.

Ele afirmou também que será um dos coordenadores da equipe de transição do governo ao lado do ex-deputado Moreira Franco (PMDB). "Seguramente eu participarei. O Moreira Franco tem participado, inclusive, da elaboração do programa de governo. E é possível que ele continue a participar. Isso é uma coisa que vamos examinar a partir de agora", disse.

"Hoje é o primeiro dia. Seguramente vamos participar dessas reuniões, não tenho dúvida disso, mas ainda estamos no primeiro dia depois da vitória e temos de dar tempo ao tempo." O vice-presidente eleito evitou falar sobre a quantidade de ministros que o PMDB terá no governo de Dilma. "Eu acho que fomos contemplados no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas, evidentemente, não digo que será do mesmo tamanho ou se será maior. Nesse momento, não tenho condições de dizer isso."

Ele limitou-se a dizer que os novos ministros terão um perfil "técnico-político" e que só dará opinião sobre os nomes a serem ocupados no Ministério da Justiça e no Supremo Tribunal Federal (STF) se Dilma pedir a sua opinião. "Quem escolhe será a presidente, se eu for chamado a dizer alguma coisa, eu direi. Mas a escolha, num regime presidencialista, é da presidente", afirmou Temer, que é advogado e professor de Direito.

ALENCAR - O peemedebista contou que José Alencar está bem e que fez questão de que ele entrasse em seu quarto. "Ele está com muita disposição. Fez questão de que eu entrasse. Eu ia apenas registrar a minha visita e, além de nos cumprimentarmos pela vitória, ele fez sugestões para o governo", afirmou. "Ele sugeriu que o governo siga na trilha que está seguindo, com muito enfoque no social. Ele enfatizou muito isso."

Sobre o seu estado de saúde, Temer afirmou que o astral do vice está alto e que ele está muito bem humorado. O peemedebista foi questionado sobre se vai manter a linha crítica de Alencar em relação à política econômica do governo, mas foi evasivo, ao responder a questão. "Pretendo primeiro receber os conselhos. Depois, vou verificar qual será a minha postura como vice", limitou-se a dizer.

Temer disse que vai se manter na Presidência Nacional do PMDB e que permanecerá no comando do Congresso até o fim deste ano. "Tenho sessão na quarta-feira, estarei lá para abrir a sessão", afirmou. "Não há a figura do licenciamento, eu já tentei isso durante a campanha, mas não há a figura da licença nem da renúncia. Se eu renunciasse, teria de haver nova eleição", explicou.

Sobre as negociações para a presidência da Câmara dos Deputados e do Senado, para 2011, Temer afirmou que a questão não deve ser discutida neste momento. "Isso é para depois, bem depois, não é para agora". O peemedebista ressaltou que essa é a primeira visita que faz a qualquer pessoa como vice-presidente eleito.

Fonte: Agência Estado

PSB quer aumentar participação no governo Dilma

Cargos

Publicado em 01.11.2010, às 21h12

O PSB quer aumentar sua participação no governo da presidente eleita, a petista Dilma Rousseff. Depois de eleger seis governadores de Estado, os socialistas esperam ser contemplados com, pelo menos, três ministérios e uma estatal de peso, como o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O partido está de olho no Ministério das Cidades, hoje com o PP, ou no da Integração Nacional, nas mãos do PMDB.

Os socialistas argumentam que querem uma pasta com "mais capilaridade", ou seja, um ministério com mais dinheiro e cargos. Hoje o PSB comanda o Ministério da Ciência e Tecnologia e o de Portos.

"Da base do governo, somos o partido que tem mais governadores. Nós governamos tantos brasileiros quanto os governadores do PT", observou o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB Eduardo Campos. "O partido quer uma participação mais estratégica na definição da linha estratégica de governo", disse o senador e governador eleito do Espírito Santo, Renato Casagrande.

A Executiva Nacional do PSB deverá se reunir na quinta-feira (4) para fazer uma avaliação das eleições. Com uma bancada de 35 deputados federais, a legenda estuda formar um bloco com o PDT e o PCdoB para, dessa forma, ganhar mais poder de fogo na reivindicação de ministérios.

Os três partidos ficarão com 74 deputados a partir de 1º de fevereiro de 2011. Juntos teriam chances de pleitear cinco ministérios: três para o PSB, um para o PCdoB (que manteria a pasta de Esportes) e outro para o PDT, que continuaria com o Trabalho.

Fonte: Agência Estado

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Eleição de Dilma repercute na imprensa internacional

Vitória

A vitória da petista Dilma Roussef, que neste 31 de outubro se tornou a primeira mulher a se tornar presidente do Brasil, ganhou as manchetes e repercutiu em alguns dos principais portais de notícias do mundo. Na vizinha Argentina, a principal matéria do Clarín dizia: "Dilma obteve um triunfo contundente e é a nova presidente do Brasil". O texto mostra que a candidata de Lula obteve 55% dos votos e conseguiu uma diferença de mais de 10 pontos sobre seu rival, José Serra.
O The New York Times, dos Estados Unidos, explica que a ex-líder guerrilheira venceu as eleições depois de prometer manter as políticas que tiraram milhões da pobreza e fizeram do Brasil uma das maiores economias do mundo. Segundo o jornal, o resultado completou uma viagem improvável de Dilma, que a levou da prisão e tortura a ser a primeira mulher a liderar a maior economia da América Latina.
Na Espanha, o El País traz em sua manchete: "Dilma Roussef sucede Lula e será a primeira presidente mulher do Brasil". O jornal acrescenta que 137 milhões de brasileiros foram às urnas para decidir quem seria o 40º presidente do quinto maior país do mundo e, sobretudo, quem sucederia o legendário presidente Lula. O El país ainda cita que a candidata foi escolhida pelo principal representante do PT, apesar da opinião contrária de muitos correligionários e que a decisão fez a diferença no momento da vitória.

O francês Le Monde diz que a nova mandatária brasileira se aproveitou da popularidade do presidente Lula, que não poderia ocupar a cadeira novamente. Segundo o texto, Dilma é desprovidade de carisma, mas sempre teve a reputação de "dama-de-ferro" enquanto esteve no governo. O jornal destaca ainda os momentos vividos na prisão, sob tortura nos anos 70 e que era uma desconhecida da maioria dos brasileiros há poucos meses. Já o italiano Corriere della Sera escreve que Roussef herdará um país em um de seus melhores momentos econômicos, com a industrialização e a diminuição dos níveis de desemprego.

Fonte: Do JC Online