terça-feira, 2 de novembro de 2010

ENTREVISTA » EDUARDO CAMPOS “Batemos a meta. Agora é trabalhar”


Publicado em 02.11.2010

 
Sheila Borges sborges@jc.com.br Em função da importância da participação de Pernambuco na campanha da presidente eleita Dilma Rousseff (PT) e do crescimento nacional do PSB, o governador-reeleito Eduardo Campos (PSB), presidente do partido, foi bastante assediado pela imprensa, ontem, em Brasília, onde permaneceu – após festejar, no domingo, o sucesso governista com Lula e Dilma – para analisar os números totais da eleição. Pernambuco, segundo ele, teve um peso de 3% na votação total da diferença de 12% entre Dilma e o tucano José Serra (PSDB). Para Eduardo, aumenta agora o compromisso da petista com o Estado.

O RESULTADO
“Era esse o resultado (da eleição). Bateu com a pesquisa interna que a gente tinha. Deu ainda melhor porque a gente conseguiu que o povo fosse votar. A abstenção só subiu um pouco e o voto nulo reduziu. Além disso, a mobilização respondeu fortemente. Crescemos (a votação de Dilma) na Região Metropolitana do Recife e o interior veio bem próximo. Fizemos um comparativo por região.”
PERNAMBUCO
“Nós demos dois milhões de votos de diferença para Dilma. Pernambuco representou 3% da diferença nacional de 12% entre os dois candidatos (Dilma e Serra). No Nordeste, ficamos próximos à Bahia e ao Ceará (cada um deles com o peso de 3% em relação à diferença nacional de 12%). Mas em termos absolutos, nós ficamos em segundo, só abaixo da Bahia (Dilma teve 4,7 milhões de votos válidos na Bahia e 3,4 milhões em Pernambuco).”
A META
“Nós batemos a meta que fixamos desde o início (do segundo turno). Houve um bom aproveitamento do voto. Dilma teve (agora) sete mil votos a mais do que eu no primeiro turno porque caiu o voto nulo. Também tivemos a menor abstenção do Nordeste. E os menores índices de votos nulos e em branco.”
COMPROMISSO
“De um lado, o resultado nos dá mais responsabilidade. Do outro, mais compromisso por parte da presidente eleita. Ela viu o esforço que foi feito no Estado. Mas não sabemos quando ela vem. Agora, vai ter que cuidar da transição.”
MAIS ATENÇÃO
“Claro que houve um reforço do laço entre Dilma e o Estado (lembrando do pedido que fez para a nova presidente ainda na campanha, para que ela trate o Estado da mesma forma como o presidente Lula tem tratado ao longo dos oito anos de governo).”
EMOÇÃO
“Foi uma comemoração muito emocionante. Quando conversamos após o resultado, ela (Dilma) disse que um dos momentos mais emocionantes da campanha do segundo turno foi a carreata em Caruaru. O presidente Lula também falou que se emocionou muito na caminhada que fez no Recife, quando em plena Conde da Boa Vista e embaixo de chuva viu aquela militância e todos os líderes da Frente Popular.”
PAUTA DE 2011
“Agora é trabalhar muito. Estamos tocando as coisas. A partir do próximo ano, temos que concluir o PAC 1 e discutir o PAC 2. Também temos a Transnordestina. E dois assuntos são desafiadores – a questão da mobilidade e a da saúde.” 

Fonte: Jornal do Commercio

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