terça-feira, 2 de novembro de 2010

Futuro // O que virá depois de Lula


Vandeck SantiagoFonte: Diário de Pernambuco

Não chamem o professor Mangabeira Unger de "otimista" que ele corrige de imediato: "Otimista, não! Eu sou esperançoso". No raciocínio dele "otimismo" é atitude contemplativa, coisa de sonhador; já o "esperançoso" sinaliza para a ação - e apesar de ser costumeiramente definido como "sonhador", ele é um pensador obcecado pela ação. O tema da esperança de Mangabeira Unger agora é o Nordeste. Ele está esperançoso que a presidente eleita Dilma Rousseff avance mais do que Lula em relação à região. Isso porque ela vai começar já de um patamar confortável deixado pelo presidente Lula - obras, investimentos e inserção da região na agenda nacional. Mas para aproveitar esta oportunidade o Nordeste deve ter uma postura mais afirmativa e seus parlamentares precisam deixar de lutar por bandeiras pequenas no Congresso e abraçar a causa do desenvolvimento da região como projeto nacional. Há todas as condições para que, nesse novo governo, o Nordeste seja a vanguarda de um projeto desenvolvimentista para o Brasil, entende ele. Um otimista diria que este é um pensamento idealista; mas um esperançoso como o professor Mangabeira está convicto de que isso é possível. Professor de Harvard desde 1970, foi ministro de Assuntos Estratégicos de outubro de 2007 a junho de 2009, quando retornou à universidade norte-americana. Elaborou o estudo "O desenvolvimento do Nordeste como projeto nacional", fruto de encontros com autoridades e comunidades da região e que foi aprovado com entusiasmo por Dilma quando ela ainda era ministra. Retornou ao Brasil na reta final da eleição. Nessa entrevista, ele diz porque está "esperançoso" com o Nordeste no novo governo.



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