terça-feira, 2 de novembro de 2010

Vendas de veículos novos é recorde


Brasil deve ultrapassar Alemanha e se tornar 4° maior mercado em vendas
  
SÃO PAULO (Folhapress) - As vendas de veículos novos no País apresentaram expansão de 8% no acumulado dos dez primeiros meses deste ano, no confronto com o mesmo intervalo em 2009, batendo o recorde para o período com o emplacamento de 2,805 milhões de unidades, de acordo com os dados divulgados pela Fenabrave (federação das concessionárias) ontem. A maior marca até então havia sido contabilizada no ano anterior (2,597 milhões). Considerando apenas outubro, 303,4 mil automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões foram licenciados, atingindo também um novo patamar para o mês, mesmo com a redução de 1,2% ante setembro. No comparativo com igual período no ano passado, houve acréscimo de 3,1%.
“O resultado dos primeiros dez meses do ano mostra a tendência de crescimento do setor. Já a ligeira queda de setembro para outubro foi motivada pela menor quantidade de dias úteis - outubro teve apenas 20”, afirmou o presidente da Fenabrave, Sergio Reze.
O Brasil deve ultrapassar a Alemanha neste ano, tornando-se o quarto maior mercado em vendas no mundo. Para as montadoras instaladas no País, o câmbio ainda é um dos principais entraves para o crescimento das exportações, o que elevaria a produção local - o Brasil ocupa apenas a sexta posição no ranking global. Em quantidade, as vendas para o exterior já retomaram o nível pré-crise, mas não em valor, devido à maior participação dos veículos desmontados - que têm me­nor valor agregado - nessa equação.
No Salão Internacional do Automóvel, que vai até domingo, em São Paulo, o presidente da GM na América do Sul, Jaime Ardila, ressaltou que a valorização do Real é mais um problema para a indústria do que para as marcas, já que essas podem importar veículos de outras fábricas dependendo da conjuntura de mercado. “Mas nos­sa preferência é produzir aqui. Nossa preocupação é com uma desindustrialização do País, que pode acontecer se a valorização do Real continuar no ritmo atual”, disse o executivo.
Cerca de 65% dos veículos que entram no País são trazidos pelas próprias montadoras, principalmente da Argentina e do México, com isenção do Imposto de Importação devido a acordos comerciais. Para o presidente da Fiat na América Latina e também da Anfavea (associação das montadoras), Cledorvino Belini, ainda assim o aumento dos importados é preocupante.

Fonte: Folha de PE

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